domingo, 21 de junho de 2009

Produtores de mel agora podem contar com alimentação artificial para abelhas

Lourdes Pereira
Fotos: Embrapa





Para que os apicultores não percam seus enxames em épocas de escassez de néctar e pólen, pesquisadores da Embrapa Meio-Norte estão desenvolvendo alimentação artificial para as abelhas a partir de alternativas das próprias regiões produtoras de mel.

A questão da alimentação das abelhas é uma preocupação recorrente, já que nos períodos secos a falta dos nutrientes adequados faz com que elas fiquem fracas ou morram. Por isso os pesquisadores começaram a analisar a eficácia de alimentos encontrado em abundância no Piauí, como o farelo de algaroba, suco de caju, xarope de açúcar, goma de mandioca entre outros que normalmente são subaproveitados.

Tradicionalmente o apicultor não tem o hábito de cuidar de suas abelhas durante a entre safra, ou seja, na parte mais seca do ano que vai de setembro a dezembro. “Há regiões no estado em que o apicultor chega a perder cerca de 80% dos enxames, e quando chega a época da produção ele é obrigado a capturar novamente as abelhas para voltar a produzir”, explica o pesquisador do Núcleo de Pesquisa com abelhas da Embrapa, Bruno de Almeida Souza.

Este problema além de fazerem com que a produção de mel diminua, ainda causa sérios problemas ambientais por sua característica exploratória. Assim, os resultados obtidos até agora oferecem boas expectativas para o produtor e para os interessados em trabalhar no ramo, porque evita que a produção de mel caia, e faz com que a competitividade do estado se eleve perante o mercado mundial de exportação de mel.



Atualmente, a Embrapa Meio-Norte trabalha com apiários experimentais nas regiões do cerrado, caatinga e áreas de transição caatinga-cerrado do Estado do Piauí, localizados em Teresina, Castelo do Piauí, Campo Maior e São João do Piauí.

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