segunda-feira, 15 de junho de 2009

Esgoto pode diminuir eficácia dos purificadores de água do rio Parnaíba

Tábata Magalhães

A Prefeitura Municipal de Teresina instalou filtros no Rio Parnaíba, em 2007, que purificam a água despejada pelos lavadores de carro da Avenida Maranhão. A medida foi tomada para evitar que os detergentes e sabões usados pelos trabalhadores poluam o rio. Porém, a presença de um esgoto a céu aberto, localizado após os filtros, pode diminuir a eficácia da medida.

Uma pesquisa está sendo feita na Universidade Federal do Piauí (UFPI) para analisar a qualidade da água que passa por seis filtros instalados às margens do rio Parnaíba. O autor do projeto é Danilo Leon, estudante de Biologia da instituição.

“Foram feitas quatro coletas entre setembro de 2008 e junho deste ano para saber se a água jogada no rio Parnaíba está realmente sendo filtrada. Teremos o resultado apenas no final deste mês, mas a presença do esgoto, 500m após os filtros, pode prejudicar a ação deles”, relatou Danilo.

De acordo com o pesquisador, a quantidade de filtros é suficiente para impedir que a água “contaminada” pelos resíduos derivados do petróleo prejudique o meio ambiente. “O que deve ser questionado é a eficiência dos purificadores, porque a presença deles ajuda a resolver um problema ambiental e social, já que o rio é a fonte de renda de muitos lavadores”, disse.

A partir do resultado da análise, Danilo espera conseguir impedir que os resíduos tóxicos façam mal ao rio. “Se os filtros não forem adequados, pretendemos enviar um relatório às secretarias de Meio Ambiente para que o sistema de filtragem seja melhorado ou modificado”, finalizou.

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